Lesões no surfe

O surfe evidenciou uma grande evolução nos últimos 30 anos. Com a utilização de novas tecnologias na fabricação de equipamentos esportivos, foi possível o desenvolvimento de pranchas cada vez mais velozes e com melhor hidrodinâmica, propiciando manobras cada vez mais velozes e complexas, com isso aumentando o risco de lesões. 

Atualmente, existem surfistas praticando o esporte em vários tipos de ondas, diferentes locais e condições climáticas, o que também implica riscos diferenciados para cada região. 

Escoriações sofridas no reef - Playa Langosta/Costa Rica  
Estima-se que ocorram em média 13 lesões agudas a cada 1000 horas de surfe competitivo, com o risco de lesão aumentando em 2,4 vezes em condições de ondas grandes ou sobre um fundo marinho rígido (pedras e coral).

No Brasil, em estudo realizado por BASE et al (2007), foram encontradas maiores incidências de lesões corto-contusas (33,9%) em atletas de surfe, seguido de entorses (25,9%), contusões (14,2%), estiramentos musculares (12,5%), queimaduras (8,0%) e fraturas (5,3%).

A maioria das lesões ocorreu em membros inferiores (57,6%) e na cabeça (20,7%). Em relação ao agente causal das lesões, a prancha foi o principal (51,4%), seguido das manobras (40,7%) e choque com o fundo do oceano (7,7%), indicando que os fatores extrínsecos inerentes a esta modalidade esportiva possuem potencial lesivo aos atletas.

Cabe ressaltar que o surfe é um esporte relativamente seguro e apresenta baixo índice de lesões, porém elas acontecem não somente em nível competitivo, mas também em praticantes da modalidade no lazer. As lesões muitas vezes impossibilitam a prática esportiva por semanas e até meses, o que faz necessário a adoção de medidas preventivas, como treinamento físico visando a prevenção de lesões e equipamentos esportivos em boas condições de uso.

Referências

NATHANSON, A; BIRD, S; DAO, L; TAM-SING, K.  Competitive Surfing Injuries: A Prospective Study of Surfing-Related Injuries Among Contest Surfers. Am J Sports Med. v.35 p.113-117. 2007.
BASE, LH et al. Lesões em surfistas profissionais. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 13, n. 4, ago. 2007. 


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