Quando queremos saber se
haverá condições de surfe em determinada praia, precisamos checar algumas
informações básicas: a direção da ondulação (swell), a altura e o período das
ondas, além da direção e intensidade do vento.
Na comunidade marítima, a
direção do swell é definida levando em consideração de onde a ondulação está
vindo. Para determinar a sua direção é utilizada uma escala com a unidade de
medida “graus”, onde o norte é considerado como 0 ou 360º (a partir daí contando
no sentido horário), leste a 90º, sul a 180º e oeste a 270º. Nordeste pode
estar em qualquer lugar entre 0 e 90º, sudeste entre 90 e 180º, sudoeste entre
180 e 270º e noroeste entre 270 e 360º.
Direções de swell mais comuns no Brasil
SWELL
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CAUSAS MAIS PROVÁVEIS
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LITORAL QUE ATINGE
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Sudoeste a Sudeste
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Frentes-frias e ciclones extratropicais
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Do Rio Grande do Sul até a Paraíba
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Nordeste a Sudeste
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Pistas de vento Leste sobre o oceano Atlântico Sul, provocadas por áreas de Alta pressão, distúrbios de Leste e frentes tropicais
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Praticamente todo o litoral do Brasil
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Noroeste a Nordeste
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Frentes-frias e ciclones sobre o oceano Atlântico Norte
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Do Pará até a Paraíba e Fernando de Noronha
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Basicamente as ondas se formam
em alto-mar, pela ação do vento. Quando estas passam em águas cada vez mais
rasas, se tornam gradativamente mais inclinadas e instáveis, chegando a um
ponto em que quebram.
As ondas quebram com uma
profundidade de aproximadamente 1,3 vezes o tamanho da onda, ou seja, uma onda
de 2 metros quebrará em aproximadamente 2,5 metros de profundidade, ondas de 4
metros irão quebrar sobre 5 metros de água, etc.
Uma onda que viaja sobre um
fundo de oceano que se inclina lentamente irá se transformar em uma onda
esparramada, que quebra lentamente, enquanto uma onda que passa sobre uma rampa
mais vertical, como um fundo de pedra, resultará em uma onda quebrando mais
rápida e mais oca.
A profundidade da área em
frente ao pico de surfe afeta diretamente o tamanho das ondas. As
gargantas ou canyons submarinos existentes no fundo do mar em frente a
algumas praias são frequentemente os responsáveis pelo aumento do tamanho das
ondas que chegam a este local, a explicação para esse aumento é que quando a
parte do swell que se move mais rapidamente sobre as águas profundas vira e se
junta com a parte do swell sobre águas mais rasas, multiplica a energia da
onda, fazendo com que fique bem maior quando se aproxima da costa.
A maioria dos surfistas
conhece apenas o tamanho e a direção das ondas, ignorando a variável período.
Essa variável é caracterizada pelo tempo entre a formação de uma onda em
relação a próxima, sendo de extrema importância na avaliação da qualidade e no
tamanho final das ondas.
Um período de swell baixo
acarreta em um mar não propício para o surfe, ou seja, ondas irregulares (mar
mexido). Já um período longo, além de favorecer ondas com mais qualidade para o
surfe, propicia uma maior influência do fundo do oceano, favorecendo ondas
maiores.
Quanto mais longo o período do
swell, mais energia está acumulada embaixo da água, isto significa que as ondas
do período mais longo crescerão muito mais do que ondas de período mais curto,
por exemplo, uma onda de 1 metro de tamanho com um período de 10 segundos irá
crescer para 1,20 metros quando chegar ao pico de surfe, enquanto que uma onda
de 1 metro de tamanho com 20 segundos de período poderá chegar ao pico de surfe com mais de 4 metros, dependendo do formato do fundo do mar.
No que se refere ao vento, sua
direção e intensidade são fatores que influenciam diretamente as ondas, com a
sua direção sendo definida seguindo o mesmo padrão utilizado para o swell e sua
intensidade (velocidade) expressa, geralmente, em Nós (KT) ou Quilometros por
hora (Km/h).
Em águas rasas, o vento
direcionado da terra para o mar (vento terral) favorece a formação de ondas tubulares
enquanto o vento na direção oposta (vento maral)tende a propiciar a quebra de
ondas mais cheias ou “gordas”. Isso ocorre até um determinado nível de
intensidade.Quando a velocidade é muito forte, o vento compromete a formação
das ondas, com o vento terralpodendo causar o retardamento da quebra de crista
da onda, passando a “achata-la” ou deixa-la mais cheia. Já o vento intenso na
direção maralpode resultar na aceleração da quebra da crista, promovendo ondas tubulares.
Sabendo disso, para obtermos
previsões de ondas confiáveis, além de serem levadas em conta as informações
referentes a direção do swell, a altura e o período das ondas, é preciso levar
em consideração as características próprias de cada região onde se pretende
surfar, em relação ao fundo do oceano (presença de gargantas e bancos de areia
submersos), o quanto a região está exposta para receber a ondulaçãoe o vento,
bem como a sua intensidade.
Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=sEjgaDO_cG4
Referências
Show de bola! valeu!
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